sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CAPSULITE ADESIVA TAMBÉM SE TRATA COM PILATES

Comum em mulheres na faixa etária dos 40 a 70 anos de idade, a Capsulite adesiva (CA) consiste em uma inflamação e contratura dos tecidos moles seguido de rigidez dolorosa essencialmente na cápsula articular glenóide de forma progressiva, conduzindo a uma limitação ou perda dos movimentos na articulação glenoumeral (em todas as direções). A cápsula se encontra espessa, inflexível e friável, com aumento de fibrose e infiltração perivascular. Embora a causa seja desconhecida, a patologia pode surgir após alguma lesão na região do ombro, quadros de sinuvite inflamatória do ombro, ruptura de tendão, processos degenerativos da coluna cervical, bursite, síndrome do impingimento subacromial, artrite acromioclavicular ou por trauma na região. Ainda, há fatores associados que desenvolvem uma propensão à CA, como tiroidopatias, doenças cardíacas, auto-imunes, neurológicas, psiquiátricas, diabetes. 
A evolução clínica se dá em três fases:

I - Fase dolorosa: Início da dor de forma gradual, mal localizado no ombro.
II - Fase da Rigidez: A dor é contínua, mas leve, com maior intensidade nos movimentos bruscos. Há restrição da mobilidade, como dificuldade de abdução do membro superior, com elevação máxima de 90°. 
III - Fase de descongelamento: Retorno gradual da mobilidade ao longo de meses. É possível que determinada restrição de movimento persista, porém, sem grandes incômodos.  

É importante estar atento ao fato de que na fase inicial da CA, a mobilidade se encontra preservada. Assim, facilitando à confusão com o diagnóstico de tendinite do supra-espinal. Uma grande evidência da capsulite adesiva é o aumento da dor resultante de exercícios que envolvem o estiramento capsular, além de restrição de rotações externa e interna.
Existem várias alternativas para o tratamento, depende do estágio em que a doença se encontra e da decisão do médico. Pode ser medicamentoso, através de sessões de fisioterapia, utilização de infiltrações de anestésico, interveção cirúrgica (em casos extremos) ou a combinação destes.
Na maioria das vezes, a fisioterapia é recomendada. Um bom programa de fisioterapia é aplicado de acordo com o estágio da CA e com os aspectos clínicos, a fim de cessar as dores e recuperar as funções e movimentos do ombro. Inicialmente as condutas são para uma elevação do fluxo sanguíneo no local e distensibilidade dos tecidos, para o alivio do edema e dor. Somente então os exercícios de mobilização passivos e ativos são aplicados. Conforme a amplitude de movimento for aumentado, será possível dar início ao fortalecimento muscular.

Neste momento, o Pilates intervém de forma eficiente para a manutenção da fisioterapia convencional, bem como o fortalecimento muscular necessário. Após uma avalição do quadro, o instrutor do método prescreverá exercícios que dão continuidade ao estímulo das mobilizações glenoumeral, esternoclavicular, acromio clavicular e escapulocostal, focando a separação, rolamento, deslizamento e giro das articulações. Sendo o Pilates um método que constrói o equilíbrio muscular, o aluno/paciente também executará exercícios de alongamento, a fim de aumentar o comprimento dos tecidos moles encurtados na patologia, auxiliando a amplitude dos movimentos; além de exercícios de fortalecimento muscular, uma vez que a amplitude da articulação glenoumeral esteja restaurada. Através do Pilates, a função do manguito rotador e deltóide também se beneficia com a coordenação e propriocepção. Desta forma, é possível recuperar a função da região acometida, criando caminhos à qualidade de vida.  

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FIQUE ATENTA COM A ENDOMETRIOSE


Ter cólicas menstruais é normal para boa parte das mulheres. Mas, quando as dores são muito fortes, pode ser um sinal de endometriose. Trata-se do tecido que recobre a camada interna do útero - endometrio - cresce fora do útero, podendo acometer os ovários, trompas, bexiga, intestino e outras áreas.O endometrio existe para que a mulher possa engravidar. Ele cresce todo mês durante o ciclo menstrual, com o objetivo de receber uma gravidez. Caso ela não aconteça, ele descama e é eliminado. É uma doença que pode ocorrer em qualquer momento da fase fértil - 15 aos 45 anos.
A doença começa na adolescência. Segundo estimativas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 70% das adolescentes com dores crônicas causadas pela menstruação e que não respondem a tratamentos medicamentosos podem estar com endometriose.
O despreparo das meninas e do médico pode fazer com que o diagnóstico ocorra tardiamente.Assim, muitas mulheres descobrem a doença na fase adulta, quando tentam engravidar e não conseguem. Por isso é de fundamental importância que as adolescentes tenham o hábito de se consultar rotineiramente com sua ginecologista, mesmo que ainda seja virgem.   
A teoria mais comum e aceita para explicar as causas da endometriose é a da menstruação retrógrada, em que o fluxo sobre pelas trompas e grudam em outros lugares da cavidade abdominal.Porém essa teoria não explica tudo, existe outras teorias acerca da endometriose. Como a menstruação retrógrada está presente em mulheres com ou sem endometriose, é provável que este fator esteja associado a fatores genéticos e imunológicos, por exemplo.   
Das mulheres que apresentam sintomas, o mais comum é a dor na região pélvica. Pode haver também dor nas relações sexuais, cólicas menstruais intensas, sangramento menstrual pelos diversos focos de endometriose (fezes, urina, tosse com sangue etc.), infertilidade e cistos de ovário. 
A endometriose é identificada quando se nota que as células do endométrio estão fora da cavidade uterina. O diagnóstico é feito com base nos sintomas da paciente. Alguns exames podem ser solicitados, como ultra-som pélvico, ressonância magnética e videolaparoscopia (para biópsia). Não havendo sintomas, o problema pode ser descoberto aleatoriamente, durante uma visitas de rotina à ginecologista ou mediante a realização de exames para identificar outros problemas.  
O tratamento depende do grau da doença e dos órgãos acometidos, mas se baseia no bloqueio da menstruação. Isso é feito por meio de medicação (anticoncepcional). Assim, a mulher não correrá mais o risco de ter a menstruação retrógrada, e com isso voltar a desenvolver a endometriose. Mas, é importante dizer que o acompanhamento da paciente será sempre individualizado. A ginecologista deverá pedir exames complementares e realizar outras ações, por exemplo, se a mulher tiver um cisto, ele terá de ser retirado. O tratamento pode envolver ainda a retirada completa do útero, juntamente com os ovários. Só realizado, entretanto, quando o tratamento clínico ou cirúrgico conservador (retirada apenas das aderências) é falho. A melhor maneira de bloquear a menstruação é engravidar, pois durante toda a gestação, a mulher não menstrua, e isso é um ótimo tratamento pra tal. Após a gravidez, a doença é, normalmente, controlada. 


Praticar exercícios físicos e manter a alimentação e hábitos saudáveis são sempre recomendáveis para se evitar a endometriose e outros problemas que comprometem a qualidade de vida da mulher.  
Dra. Barbara Murayama - Ginecologista

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

DIA MUNDIAL SEM CARRO

O objetivo principal do DIA MUNDIA SEM CARRO + SEMANA DA MOBILIDADE é estimular a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel como meio de locomoção e os impactos gerados para as pessoas e a cidade. Além disso, é propor às pessoas que dirigem todos os dias que percebam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A idéia é estimular que essas pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover  - a pé, de ônibus, de metrô, de bonde, de trêm, de bicicleta - e vivenciar de perto a cidade onde vive.
Leia mais em http://diamundialsemcarro.org/

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PARABÉNS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA!





Continuemos a lutar, cada vez mais, pela divulgação e conscientização da importância do profissional de educação física. Além do respeito e reconhecimento com muito esforço, estudo, trabalho, profissionalismo, ética e humildade.
Aos profissionais de Educação Física, um forte abraço do Time FLEXUS PILATES.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CONSCIÊNCIA CORPORAL E PILATES: CORPO, MENTE E EMOCIONAL


O cérebro recebe informações sobre as condições das várias partes do nosso corpo  - músculos, articulações, órgãos, etc - através de corpúsculos e nervos. Como resposta, percebemos os sinais em nosso corpo através das sensações, como por exemplo, a dor, o bem-estar, fome, sede, sono, apetite sexual, necessidade d esegurança, higiene e afeto. Assim, através do corpo temos a percepção do que precisamos, do que e como gostamos (ou não gostamos) e do que queremos. Com o corpo, temos a possibilidade de criar arte e conhecimento. Podemos ter filhos, praticar esportes, trabalhar, construir e descobrir. Na estrutura corporal, também, se espelha sentimentos como angústia, medo, depressão, tranquilidade, euforia, alegria; refletida por exemplo, nas ações neuromusculares, na postura, nos movimentos. Toda atitude do ser humano é atitude corporal.
Sendo assim, quanto mais adqirimos consciência sobre o nosso corpo, maior o controle sobre nossas possibilidades, limites e deveres. Temos movimentos mais eficientes, econômico e seguros, ou seja, aproveitamos todo o potencial do movimento, além de desfrutarmos de cada sensação proporcionada, como um prazer no alongamento, bem-estar no relaxamento, a independência pelo poder da força. Ainda, através da consciência corporal, é possível se livrar de sentimentos e ações reprimidas, derrubando paradigmas maléficos e amenizando tabus enraizados. Pode-se dizer que não temos um corpo, mas sim somos um corpo.

Desenvolver a consciência corporal ajudaria então a desenvolver as relações humanas? Entretanto, ao longo do nosso desenvolvimento, esse contato com o corpo, com a emoção e com a alma acaba se perdendo ou não construída, pela falta de estímulos e informações, conduzindo então à vulnerabilidade ao mundo externo, o qual impõe, define, repreende e proíbe, resultando em um acúmulo de tensões.

Neste contexto, é importante que os pais e os profissionais da educação (educação física e os regentes de classe) e psicomotricidade reformulem as diversas questões do corpo, estimulando a maior autonomia das crianças e adolescentes em suas práticas motoras. Frisando esse processo durante a variabilidade e as experiências motoras proporcionadas durante a fase de aprendizado e especialização dos movimentos, o indivíduo estará melhor direcionado ao caminho da tomada da consciência corporal, bem como ao desenvolvimento geral.

Então, podemos perceber com mais clareza, o por quê de muitas condutas em nossas aulas de PILATES.  Como por exemplo, enfatizar sensações, proporcionar diferenciados padrões de movimentos, percepções táteis, visuais e até auditivas para relacionar o corpo, o estímulo do cérebro e a resposta motora, além do entendimento e interpretação das várias reações do corpo para com o contexto do aluno. Além dos exercícios físicos, o PILATES é um exercício para a mente, para o equilíbrio interno, para a harmonia da pessoa como um todo. É um método que entre vários benefícios, resgata e potencializa a consciência corporal, o bem-estar e a auto-estima. Porque somos UM conjunto de tudo e não parte de um todo.

A Igreja diz: o corpo é uma culpa. A Ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. E o corpo diz: eu sou uma festa”.
Eduardo Galeano

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AUMENTO ALARMANTE DA OBESIDADE MÓRBIDA ENTRE HOMENS

Sabendo que a obesidade é um problema mundial cada vez mais grave, Leonor Maria Santos, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília e colegas fizeram uma reanálise de inquériros antropométricos nacionais para investigar a prevalência da obesidade mórbida no Brasil. Os resultados da pesquisa foram publicados em julho deste ano no jornal internacional Obesity Surgery. Os pesquisadores contam no artigo que também utilizaram dados sobre cirurgias bariátricas realizadas no país obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponíveis online.
De acordo com o texto, eles identificaram um aumento de 255% na prevalência de obesidade mórbida, começando em 0,18% em 1975-1976, aumentando para 0,33% em 1989 e para 0,64% em 2002-2003. "Houve uma taxa mais elevada no Sul nos dois primeiros levantamentos, mas a prevalência na região Sudeste aumentou constantemente, chegando a 0,77% em 2002-2003, alcançando o Sul", contam no estudo.
Segundo os autores, o SUS passou a cobrir a cirurgia bariátrica de obesidade mórbida em 1999, sendo que entre os anos 2000 e 2006 o número de procedimentos realizados aumentou seis vezes. Em 2006 atingiu 2.500 cirurgias. A realização de cirurgias bariátricas pelo SUS esteve concentrada na região Sudeste, seguida pela região Sul.
Diante dos resultados, a equipe considera que o aumento da obesidade mórbida é "alarmante" no Brasil, especialmente entre homens. Eles entendem que a adoção de medidas preventivas que visem retardar e prevenir a epidemia de obesidade no país é urgente. Vale lembrar que obesidade mórbida é definida como índice de massa corporal (IMC) superior a 40kg/m2.
Fonte: Saúde Movimento

domingo, 1 de agosto de 2010

SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO

A Semana Mundial da Amamentação – SMAM, celebrada anualmente de 1º a 7 de agosto, foi idealizada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action – Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) e é comemorada desde 1992 em mais de 150 países com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno.
A comemoração da SMAM tem se mostrado um método efetivo de mobilização de todos os segmentos da sociedade em prol da promoção, proteção e apoio da amamentação. No Brasil, foi coordenada pela WABA até 1998 e, a partir de 1999, pelo Ministério da Saúde.

O Aleitamento Materno salva vidas, porque é prevenção segura contra uma série de doenças infecciosas e crônico-degenerativas. O Leite Materno é a primeira vacina, provê nutrição ótima e representa segurança alimentar. A Amamentação desenvolve um vínculo afetivo único entre mãe e bebê, beneficia a saúde da mulher e aumenta o intervalo entre os partos. A prática de dar o peito precisa ser recuperada, através de um conjunto de ações de promoção, apoio e proteção.

Acessem o site http://www.aleitamento.com/ que tem muita informações legais. Vale a pena!

Amamente seu filho, e se puder, doe leite para quem precisa.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

FOTOS CAMINHADA FLEXUS PILATES - DIA DO AMIGO

A CAMINHADA FLEXUS PILATES - DIA DO AMIGO foi um sucesso! Suamos muuiito a camisa e depois comemos váários "quitutssss" deliciosos preparados pela professora Fernanda hhehehhe A propósito, estou vendendo a receita da bananinha assada viu! Fraaauuude total essa professora de vocês hehehe.

Mas, falando sério, foi muito legal! Teve muita risada, amizade e o mais importante é que foi um marco para muitos iniciarem uma rotina de caminhdas.
Durante o Café da manhã houve sorteio de brindes e distribuição de lembrancinhas. As sorteadas foram:

Marisa Dodorico: Ganhou uma Drenagem Linfática com nossa massoterapeuta
Rosi Ponce: Ganhou uma drenagem Linfátic com nossa massoterapeuta
Marilda Jacomini: Ganhou uma baby look do Flexus Pilates
Natália: Ganhou uma matrícula + 15% de desconto para as aulas no Flexus Pilates

Ainda, se deu o lançamento dos nossos novos programas: o CLUBE DA CAMINHADA e O CLUBE DA CORRIDA. Trata-se de acompanhamentos e orientações para a caminhada e corrida em uma frequêcia semanal, para quem quer complementar o Pilates com um exercício aeróbo ao ar livre.
Para mais informações, converse com seu professor, ou direto na secretaria.


Pessoal, nós, do Time Flexus Pilates, agradecemos de coração a participação de todos. E ano que vem tem mais hein!!!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

MAIS EXERCÍCIOS, MENOS REMÉDIOS

Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.
A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado "Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família", realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.
Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.
"Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine", disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.
Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.
Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. "Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos", disse.
As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.
O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.
Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.
"Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento", disse a orientadora.
A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.
O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. "Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina", comentou a professora da Unifesp.
O efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. "A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares", disse.
As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.
A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. "Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina", disse.
Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. "A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física", sugeriu.
Fonte:AGENCIA FAPESP

segunda-feira, 5 de julho de 2010

DESENVOLVIMENTO MOTOR DE BEBÊS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL

Destaco este estudo em nossso blog, como forma de frisar a importância dos estímulos de várias naturezas para o desenvolvimento motor, desde a gestação. Desenvolvimento motor este, no qual o método PILATES também se embasa para a reeducação motora, consciência corporal e postural. Por esse e outros motivos é que obtemos tantos resultados concretos nos vários estudios que ensinam o método de forma correta. Voltamos então a enfatizar a importância do método para as crianças, à quem estimulamos o desenvolvimento e aprendizado motor, até à idade adulta jovem e idososa, à quem trabalhamos a reeducação e manutenção da motricidade para atingir objetivos concretos. 


Beijos,

Profa. Fernanda T. Shimauti

Gestantes hipertensas, fumantes ou desnutridas tem maior probabilidade de dar à luz a um bebê PIG (bebês pequenos para a idade gestacional), geralmente com baixo peso e com grandes chances de ter um desenvolvimento motor prejudicado, sobretudo os expostos a um ambiente familiar desfavorável.

Em um estudo envolvendo 95 bebês, a fisioterapeuta Denise Campos, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), observou que os nascidos PIG demonstraram, nos primeiros meses de vida, diferenças significativas no desenvolvimento motor em relação aos bebês AIG (adequados para a idade gestacional). Ambos os grupos de bebês nasceram a partir da 37 semana, prazo ideal de gestação.
Para avaliar a motricidade dos bebês foi utilizada a escala de Bayley de desenvolvimento infantil, constituída por 48 provas aplicadas durante os 6 primeiros meses de vida dos pesquisados. Os bebês PIG obtiveram pontuações baixas e tiveram baixo desempenho para determinadas provas.
Segundo o estudo, as diferenças mais significativas se deram no segundo e sexto mês de vida dos bebês, parte do período de maior aquisição motora dos bebês. "O fato de se encontrar diferenças não quer dizer que a criança irá continuar nesta mesma escala de dificuldade o resto da vida. Mas, é bom que se observe o desempenho motor deste grupo com maior rigor para que não haja um comprometimento futuro", relata a fisioterapeuta.
Em outro momento, foi verificado os fatores que poderiam influenciar nessas diferenças entre os bebês AIG e PIG. Para tal, foi aplicado um questionário aos pais dos bebês, afim de obter informações sobre os familiares dos indivíduos. O grupo PIG teve como maioria, mães com baixa escolaridade, que não trabalhavam fora de casa e com baixa renda per capta.
A pesquisadora acredita que as o ambiente em que a criança vive pode afetar seu desenvolvimento. Segundo Denise, um ambiente rico em estímulo ajuda a minimizar os riscos de comprometimento futuro, enquanto um ambiente com pouca estímulo e superproteção, pode contribuir para o atraso no desenvolvimento motor.
Neste sentido, a pesquisa destaca a necessidade de políticas públicas voltadas à orientação dos pais, bem com o a divulgação de estratégias para estimular o desenvolvimento motor desde o nascimento, a fim de prevenir ou minimizar alterações motoras.
(adaptado Info Unicamp)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MÚSCULOS ARTIFICIAIS


Pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, transformaram proteínas artificiais em um novo biomaterial sólido que imita muito a elasticidade dos músculos humanos. A técnica, detalhada na última edição da revista Nature, abre novos caminhos para a fabricação de biomateriais sintéticos com aplicações medicinais, na chamada engenharia de tecidos, e em ciências dos materiais.
"Há evidentes implicações de longo prazo para os engenheiros de tecidos," afirma Hongbin Li, químico e coautor da pesquisa. "Mas em um nível fundamental, verificamos que as propriedades mecânicas das proteínas individuais que compõem este biomaterial podem ser traduzidas em propriedades mecânicas úteis em escala macro.

Titina
Li e seu colega John Gosline sintetizaram proteínas artificiais para imitar a estrutura molecular da titina.
A titina - também conhecida como conectina - é uma proteína gigante que desempenha um papel vital na elasticidade passiva dos músculos.
A versão sintética, que se assemelha a um colar de pérolas, é aproximadamente 100 vezes menor do que a titina. O material resultante, semelhante à borracha, apresenta alta resiliência sob baixa tensão e alta resistência sob alta tensão - características que compõem as propriedades elásticas dos músculos.

Propriedade dos músculos
"A marca registrada dessas proteínas parecidas com a titina é que elas se desdobram sob a ação de uma força de alongamento, para dissipar a energia e evitar danos aos tecidos por excesso de alongamento," aplica Gosline. "Nós fomos capazes de replicar uma das características mais exclusivas apresentadas pelos tecidos musculares, mas não todas elas."
As propriedades mecânicas desses biomateriais podem ser ajustadas, permitindo o desenvolvimento de biomateriais que apresentam uma grande variedade de propriedades úteis - inclusive simulando diferentes tipos de músculos.
O material também é totalmente hidratado e biodegradável.
Fonte:FitnessBrasil

sábado, 19 de junho de 2010

PROPRIOCEPÇÃO: POR QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NO PILATES?


Os receptores sensoriais pertencem ao sistema sensorial somático, o qual levam informações do ambiente externo e algum estado interno ao SNC. Estão relacionados com os sentidos como a visão, olfato, gustação, audição, tato. De acordo com a localização anatômica, podem ser interceptor, exterceptor ou proprioceptor. Este último, relacionado à propriocepção, reflexo de locomoção e postural.
Os proprioceptores estão nos músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos, articulações e no labirinto, podendo gerar impulsos nervosos conscientes ou inconscientes. Os impulsos conscientes são responsáveis pelo sentido da posição e do movimento (cinestesia). Vão ao córtex cerebral possibiltando que, ainda de sem a função da visão, se dê a percepção corporal (posição, localização e orientação espacial), da ação muscular e da força, bem como dos movi­mentos das articulações. Já os impulsos nervosos proprioceptivos inconscientes regulam a atividade muscular pelo reflexo miotático ou pelos centros relacionados com a ação motora.
A propriocepção acontece pela presença de receptores específicos que captam informações do meio externo relacionado ao corpo e enviam ao SNC, na medula espinal, em forma de potencial de ação, através das fibras nervosas aferentes. Assim, é possível determinar respostas adequadas ao estímulo, como por exemplo, o ajuste da posição do corpo em uma superfície, equilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas.
Os receptores podem ser musculares, articulares ou tendinosos. Esses, detectam alterações dos ângulos e trações articulares, velocidade de movimento das articulações, contração muscular, força da contração muscular.
Relacionados com os fusos neuromusculares, os receptores musculares são responsáveis pelo comprimento da fibra muscular no repouso (postura) e durante o movimento. Captam as alterações no comprimento das fibras musculares extrafusais conduzindo as informações ao SNC para a produção de reflexos que regulam as contrações musculares inerentes às atividades motoras em questão. Quando as fibras musculares intrafusais são modificadas, suas terminações nervosas anuloespirais são ativadas, conduzindo a informação às fibras nervosas aferentes que por sua vez se comunicam com os neurônios motores do corno anterior da medula, para então transmitir à área somestésica e retornar com as fibras nervosas eferentes. Então, o estímulo é levado às fibras extrafusais pelas placas motoras, que finalmente se contraem, dando-se o reflexo miotátíco.


Os receptores articulares estão nas cápsulas e ligamentos das articulações (corpúsculos de Ruffini e Pacin), podendo ser do tipo I, II, III ou IV. Situado dentro da cápsula articular, os receptores do tipo I detectam alterações na posição, movimentos e pressão intra-articular de forma estática ou dinâmica, com uma adaptação lenta. Já os do tipo II têm adaptação rápida, estão na cápsula articular e informam a velocidade do movimento, porém sem atividade quando em repouso. E estimulado por estímulos mecânicos rápidos e repetitivos. Os receprores articulares do tipo III estão nos ligamentos a fim de detectar a posição articular. Possui uma adaptação mais vagarosa, e por se tratar de um mecanoreceptor dinâmico, pode ser estimulado por movimentos externos ativos ou passivos. Os do tipo IV também estão nas cápsulas das articulações e têm adaptação lenta. São responsáveis pelas informações de dor nas regiões articulares quando ativados por deformações mecânicas.
Os receptores tendinosos estão no órgão tendinoso de Golgi, dentro dos tendões, próximo ao ponto de fixação músculo-osso. Tais receptores são estimulados quando há tração sobre os tendões pela contração muscular, indicando o nivel de força exercida, a fim de evitar lesões. Assim, neste caso, se dá o reflexo miotático inverso, ou seja, ocorre a limitação da força desenvolvida pelo músculo em contração. Para tal, os motoneurônios deste devem ser inibidos pelos interneurônios inibitórios, os quais são estimulados pelos impulsos aferentes que chegam à medula.

Ainda, é importante ressaltar que o sistema vestibular - labirinto - também é sensível às mudanças de posição da cabeça - movimentos no sentido vertical ou horizontal, além de identificar a posição espacial do corpo.

Muitas aferências somestésicas do corpo chega ao tálamo e vai ao córtex somestésico primário, onde há um "mapa" do corpo denominado de homúnculo sensorial. Tal representação depende da quantidade de receptores distribuídos em cada parte do corpo, determinando regiões do corpo que terão maior sensibilidade e maior precisão para identificar o estimulo. Entretanto, o mapa somático cortical apresenta plasticidade de uso e desuso, conforme o estímulo determinado a cada parte do corpo. Assim, podemos treinar o SNC a fim de que as respostas motoras ao posicionamento corporal sejam potencializadas.

Devido a essa importância é que falamos e utilizamos tanto a propriocepção nas nossas aulas de Pilates. Nas aulas observamos inúmeros exercícios que envolvem, por exemplo, superfícies instáveis, a fim de proporcionar ao cérebro oportunidades para avaliar a orientação no espaço, desenvolvendo e treinando a consciência corporal, válido ao aluno lesado ou não. Em casos de lesões relacionados a músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos, articulações e labirinto, os proprioceptores também sofrem danos, resultando em um déficit na capacidade proprioceptiva. Se tais receptores não forem estimulados pode haver uma reincidencia de lesão, além de prejudicar o desempenho físico.

sábado, 5 de junho de 2010

5 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


Esse ano a Organização das Nações Unidas declarou o Ano Internacional da Biodiversidade. Oportunidade para enfatizar a importância da biodiversidade para o bem-estar humano. Trata-se de nossas conquistas para proteger e estimular a multiplicação dos nossos esforços para reduzir a taxa de perdas da biodiversidade.


A variedade de vidas do nosso planeta - conhecida como "biodiversidade" - nos fornece alimentos, vestuário, combustível, remédios e muito, muito mais. Você pode até achar que aquele besouro do seu quintal ou a grama que cresce na rua não tem nenhuma conexão importante com a sua vida - mas tem. Mesmo quando uma única espécie é retirada dessa complexa teia da vida, o resultado pode ser catastrófico.
O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2010 (WED 2010, na sigla em inglês) é "Muitas espécies. Um planeta. Um futuro". Este tema reflete o apelo em prol da conservação da diversidade de vida no nosso planeta. Milhões de pessoas e milhões de espécies dividem o mesmo planeta e se agirmos juntos poderemos todos desfrutar de um futuro mais próspero e seguro.
Ao comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, nos permitimos considerar mais cuidadosamente as atitudes que devemos tomar pelo nosso objetivo comum de preservar a vida no planeta.
Mas vale salientar, que cada um pode cumprir com o seu papel de cidadão não só na biodiversidade, mas em vários outros aspéctos tão simples e urgentes quanto. Por exemplo, não jogando lixo nas ruas, usando menos produtos descartáveis e evitando sair de carro todos os dias.
Vai aqui algumas dicas muito simples para você se inspirar e iniciar seu papel de cidadão ou dar continuidade:

Água
Escovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação.
Lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, talheres e panelas.
Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se ensaboando, desligue a torneira.

Energia
Desligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes.
Desligue aparelhos eletrônicos - não deixe a televisão, rádio ou computador ligado caso não esteja sendo utilizado.
Ar condicionado - utilize com moderação!
Lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo.
Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga.

Lixo
Coleta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta separar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico.
Desta forma, você estará fazendo uma grande contribuição à mãe natureza, já que este material será reciclado, ou seja, será reaproveitado para a fabricação de novos produtos.

Transportes
As emissões de gases emitidos pelos transportes é muito nociva para a nossa atmosfera. Mas podemos tomar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases.
Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o planeta. Assim, quanto mais gente utilizar um mesmo veículo melhor. Combinar um rodízio com os vizinhos que se deslocam na mesma direção. Além de ser uma atitude consciente, você aproveita e faz novos amigos!

Site oficial do Dia Mundial do Meio Ambiente 2010: http://www.unep.org/wed/2010/english/

terça-feira, 1 de junho de 2010

TESE: FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO EM CRIANÇAS


Alguns resultados da tese de doutorado da nutricionista Leticia Cardoso da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) associou a falta de exercícios físicos fora da escola e não morar com os pais como fatores que intensificam as chances de crianças e adolescentes matriculados na rede pública municipal de ensino do Rio de Janeiro apresentarem excesso de peso (EP).
O estudo foi apresentado em forma de três artigos. Primeiro, foi feita uma revisão de literatura baseados artigos científicos publicados em periódicos indexados, os quais identificavam fatores sociais, ambientais, psicológicos e/ ou comportamentais associados ao EP entre adolescentes. Os resultados dessa revisão foram publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia.
O segundo e o terceiro artigos, em processo de publicação, têm identificou fatores associados ao excesso de peso no nível individual e da escola, bem como descrever as prevalências de perfis de consumo e comportamentos alimentares de adolescentes matriculados na rede pública municipal de ensino do Rio de Janeiro. "A concepção e realização do estudo é fruto de minha participação, desde 2002, num grupo de trabalho que idealizou e implementou o sistema de vigilância de fatores de risco para a saúde de adolescentes matriculados em escolas públicas na cidade do Rio de Janeiro", observa Letícia.
De acordo com Letícia, o excesso de peso, incluindo a obesidade, é considerado um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o agravo coexiste com a subnutrição numa escala de epidemia global, denominada globesidade. A obesidade é uma condição de natureza complexa, que afeta todas as idades e grupos socioeconômicos. Segundo estimativas, em 1995, havia cerca de 200 milhões de adultos e 18 milhões de crianças menores de 5 anos obesos no mundo. No ano 2000, o número de adultos obesos aumentou para mais de 300 milhões.
O relatório da Força Tarefa Internacional contra a Obesidade Infantil, divulgado em 2002, revelou que 10% das crianças e adolescentes do mundo apresentavam EP. Essa epidemia não está restrita a países ricos; nos países de baixa e média renda, estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram por problemas relacionados à obesidade. O excesso de peso tem se tornado um problema grave na Ásia, América Latina e em algumas partes da África, apesar da presença ainda significativa da subnutrição. Estudos conduzidos na América Latina têm mostrado altas prevalências de EP.
Segundo a aluna, resultados mais recentes do Inquérito de Saúde e Nutrição (Ensanut) realizado no México revelaram estimativas de EP ainda mais altas em adultos: 71,9% em mulheres e 66,7% em homens. Também chamam a atenção as prevalências de excesso de peso entre os grupos mais jovens da população: 32,5% e 31,2% entre meninas e meninos de 12 a 19 anos, respectivamente, e cerca de 26% entre crianças com idade entre 5 e 11 anos.
Os resultados do estudo apontam que a frequência de EP nas escolas analisadas variou entre 0 e 50%, e a prevalência média foi de 17,2%. Observou-se que os adolescentes que apresentaram maior chance de EP foram os que estudavam em escolas que não disponibilizavam garfos e facas ou pratos de vidro no refeitório, os que não moravam com ambos os pais, aqueles cujos pais apresentavam 8 a 10 anos completos de estudo (comparados aos que apresentavam 7 anos ou menos e 11 anos ou mais) e ainda, entre aqueles que não realizavam atividade física fora da escola (em pelo menos um dia nos sete dias anteriores à pesquisa).
Letícia explicou que variáveis sociodemográficas e comportamentais dos adolescentes e características da escola apresentaram associação com o EP, reforçando a existência de efeitos individuais e contextuais sobre esse agravo à saúde. "Estudos que identifiquem variáveis contextuais, podem subsidiar ações de prevenção do EP entre adolescentes. Embora a análise da efetividade de intervenções para prevenção e controle do EP apresente resultados por vezes conflitantes, seja analisando intervenções com foco no indivíduo, na família ou no ambiente, um desafio maior é transformar programas de intervenções efetivas em ações presentes nas políticas públicas", destaca.
De acordo com ela, autores que observaram a estabilização e declínio do excesso de peso em seus países sugerem que esses resultados foram alcançados graças ao somatório de esforços em ações específicas mais dirigidas ao público-alvo e ações de maior amplitude que atingem toda a sociedade. Citam como exemplo ações locais em unidades de saúde, nas escolas, clubes para promoção da alimentação saudável e atividade física e ações mais gerais, como o aumento do nível de consciência da população em relação ao sobrepeso, hábitos alimentares e atividade física e a regulação da mídia sobre propagandas dirigidas ao público infantil. "A necessidade da ampliação e integração de ações de diversos setores é, portanto, urgente no cenário nacional", enfatiza Letícia.
Resultados apontam necessidade de intervenções efetivas de políticas públicas
No Brasil, os incrementos do sobrepeso e da obesidade têm sido amplamente documentados desde os anos 80. Resultados de pesquisas de amplitude nacional conduzidas nos anos de 1974 e 1975, 1989 e 2003 revelam "um aumento intenso e contínuo da prevalência de excesso de peso na população masculina, que passou de 18,6% em 1974 e 1975 para 29,5% em 1989, atingindo 41,0% em 2003. Já, na população feminina, a evolução foi distinta; após o aumento de 28,6% para 40,7% observado no primeiro intervalo de tempo (entre 1974 e 1989), houve uma aparente estabilização, com prevalência de excesso de peso próxima a 40% em 2003", destaca Letícia.
Esses agravos também vêm aumentando em ritmo acelerado entre crianças e adolescentes brasileiros ao longo das últimas décadas. Segundo a nutricionista, resultados de dois grandes inquéritos nacionais realizados nos anos 70 e 90 mostram que o sobrepeso aumentou de 4,9% para 17,4% entre crianças de 6 a 9 anos; e de 3,7% para 12,6% entre os jovens de 10 a 18 anos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2002/03), o sobrepeso já atingia 16,7% dos adolescentes brasileiros entre 10 e 19 anos, sendo os meninos o segmento com prevalência de sobrepeso mais elevada (18%) quando comparados às meninas (15,4%). "O excesso de peso é um problema preocupante, não somente porque já afeta uma grande proporção da população, mas também porque tem acometido estratos cada vez mais jovens", adverte.
Fonte:Ensp,saudemovimento

segunda-feira, 31 de maio de 2010

USE APENAS A QUANTIDADE DE AGUA NECESSÁRIA



Olhem o videozinho que lindinho!!!! Conscientizem-se!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

III CONBRAMENE


Essa semana, nos dias 20, 21 e 22 de Maio, acontecerá o III CONBRAMENE - Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício. Nesses dias, estaremos nos atualizando e interagindo com os estudos científicos atuais da área. Assim, durante esse período o estudio terá seu movimento reduzido, já nos propondo a antecipar ou postergar as aulas. E na próxima semana estaremos de volta cheio de novidades. Até lá!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CICLO MENSTRUAL E DESEMPENHO FÍSICO


Sabemos que o exercício proporciona vários benefícios às mulheres no período que antecede e durante a menstruação.

Por outro lado, estudos relatam que cada fase do ciclo menstrual também pode interferir na disposição e potencial físico, além do psicológico; variando de pessoa para pessoa. Tal fato se deve às alterações hormonais. Por volta do 23º ao 28º dia do ciclo mentrual, a mulher se encontra na fase pré-mentrual, período em que se dá um aumento na taxa de progesterona, podendo reduzir o potencial físico do aluno. Além de diminuir a capacidade de concentração, estar mais propensa a fadiga muscular e irregularidades de humor. Entre o 5º ao 11ºdia do ciclo, na pós-menstrual, é secretado mais estrogênio e noradrenalina. Por isso, nessa fase, observa-se um melhor desempenho físico. Há relatos de alguns pesquisadores que ao analisar as características contráteis dos músculos esqueléticos nas diferentes fases do ciclo, não encontraram diferenças significativas. Mas, apesar de a fisiologia e especificidade do esporte serem individuais, a maioria dos estudos tem encontrado uma baixa na performance na fase pré-menstrual, e uma boa melhora do desempenho na pós-menstrual.

Assim, é possível levar em consideração essa hipótese das mudanças hormonais durante o ciclo menstrual ao fazer o plano de treinamento e aplicar de acordo com a resposta e adaptação de cada aluna. Embora a hipótese seja considerada mais por técnicos desportivos, as praticantes de pilates também podem se beneficiar com a oscilação hormonal. Para tal, é importante investigar as características do ciclo menstrual, bem como o objetivo e perfil de cada aluna, para então decidir se tal hipótese seria considerável para a aluna em questão. E então, avaliar a resposta da aluna para a adaptação de variáveis como volume, intensidade, grau de dificuldade, psicológico, metabolismo, etc. De acordo com a análise individual, podemos somar mais uma ferramenta para otimizar os resultados.

terça-feira, 11 de maio de 2010

PRATICAR PILATES AJUDA A AMENIZAR A DOR DURANTE O PARTO


Manter-se em forma antes, durante e depois da gravidez é o desejo de toda mulher. As fórmulas parecem ser mágicas, mas o segredo é um só: a dedicação.
Seguir as orientações do obstetra é regra absoluta, somadas a alimentação balanceada e, claro, aos famosos exercícios físicos monitorados.

É importante lembrar que mais do que pensar em belas curvas, na gestação é preciso garantir a saúde do bebê e se possível facilitar o momento do parto. E são, justamente, essas as funções do método de Pilates para as futuras mamães. Criado no século XX, pelo atleta alemão Joseph H. Pilates, a técnica é indicada para reabilitação e condicionamento físico geral e bem-estar. Seu sistema de exercícios melhora a flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, sem a hipertrofia muscular (crescimento dos músculos) e promove harmonia, equilíbrio, concentração e coordenação motora.
A fisioterapeuta, pós-doutoranda em Pilates na USP, Eliane Coutinho, recomenda que passado o primeiro trimestre as gestantes que desejam um parto tranquilo e a volta a boa forma mais rápida podem praticar Pilates. “Os exercícios fortalecem os músculos do assoalho pélvico (períneo) e resultam na maior sustentação do útero e fortalecimento do abdome. Ajuda ainda o equilíbrio entre a força de expulsão e a de contenção do feto dentro do útero”, explica.
Para as mulheres que já eram adeptas da atividade antes da gravidez, a especialista ressalta que a única diferença está na adaptação dos exercícios para a nova condição feminina, com exceção das gestantes consideradas de risco. “É fundamental a presença de um instrutor que conheça bem as alterações anatômicas, fisiológicas e biomecânicas da gestante”, destaca.
Mas, conforme a fisioterapeuta, a notícia que seduz as grávidas é que o método também contribui para a diminuição das dores do parto. “Com o abdome mais forte a força de contração será maior, diminuindo assim o tempo de expulsão do feto e, consequentemente, o tempo de dor”, informa Eliane.
No período do pós-parto, o Pilates também ajuda a mamãe a entrar em forma novamente. Dra. Eliane esclarece que os exercícios tornam mais rápida a recuperação do abdome, da força e da flexibilidade. Além disso, mulheres que tiveram parto normal podem retomar a rotina de exercícios após 30 dias. Já, no caso de cesariana, é preciso aguardar liberação médica.
Fonte: gazetaweb.globo.com;revista pilates

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PARABÉNS MARINGÁ!


Maringá está completando, hoje, 63aninhos. Tempo de comemorar e refletir sobre a cidade em que vivemos, nosso lar! Pensar em o que queremos nos dias, meses e anos que virão.

domingo, 9 de maio de 2010

MÃE É TUDO NESSE MUNDO: FELIZ DIA DAS MÃES!!


O Time FLEXUS PILATES abraça com muito carinho todas as mamães (e futuras mamães) praticantes de pilates e também as "mamys" seguidoras do blog. Um DIA DAS MÃES maravilhoso!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

CERVICALGIA E A INTERVENÇÃO DO PILATES


A cervicalgia se refere a dor na região da coluna cervical. Normalmente, resulta de uma simples contratura muscular no pescoço, o conhecido torcicolo. Caso a dor permaneça por mais de uma semana, é importante dedicar mais atenção ao quadro.


Os sintomas se instalam de forma lenta: rigidez nos movimentos, alteração na mobilidade, postura alterada como forma de compensação da dor. Além de a dor se manifestar na região do pescoço, também pode se estender ao ombro e ao membro superior (cervicobraquialgia), além de poder apresentar alterações neurologicas como a modificação da sensibilidade, da força muscular, e nos reflexos em inserções musculares como a do punho, cotovelo e ombro terados. Normalmente se relaciona com a compressão da raiz nervosa da região cervical sub-axial. Recomenda-se atenção às dores com sinais neurológicos devido a possibilidade de infecções na coluna, compressões da medula espinhal, tumores, fraturas e outras patologias. Há casos também que se dão dificuldade na marcha, alterações na fala, dor de cabeça, zumbidos, náuseas, visão turva, febre, sudorese, cansaço e perda de peso. É importante frisar que a cervicalgia é um dos sintomas da meningite.















Causas comuns de cervicalgia:

-Desordem mecânica, fatores posturais e ergonômicos, obesidade, fraqueza abdominal e estresse -Osteoartrose, artrite reumatóide
-Traumas
-Fraturas
-Inflamações espondilite anquilosante
-Infecções (meningite, caxumba, etc)
- Espondilite Anquilosante
- Alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular)
-Tumores
- Alterações musculares congênitas
- Estenose do Canal Vertebral
-Hérnia discal

É rara a indicação cirúrgica em casos de cervicalgia. Geralmente, ocorre quando há piora neurológica no decorrer do tratamento, disfunção da medula espinhal ou quando a cervicalgia se dá como consequência de alguma patologia que tenha indicação de cirurgia como as relacionadas aos discos intervertebrais, traumas ou instabilidade de ligamentos. São procedimentos delicados, por isso é impresindível que um medico competente e confiança seja consultado.
Ao recomendar um tratamento à cervicalgia é importante avaliar os fatores que desencadeia a dor, a duração dos sintomas e se há comprometimento neurológico.
Quando a cervicalgia é caracterizada como um torcicolo, recomenda-se relaxantes musculares, calor local e alongamento da região. Na cervicalgia crônica podem ser utilizadas medicações para dor crônica, associadas a um programa de reabilitação. Quando há bloqueio de movimentos, a fisioterapia convencional pode contribuir com terapias passivas que visam a analgesia, aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo o espasmo muscular.

A intervenção do PILATES é bastante efetiva tanto na estabilização da dor quanto na prevenção e orientação para evitar novas crises. Os exercícios baseados na respiração característica associada à contração e fortalecimento do CORE (grupos musculares da região central do corpo) promoverão a mobilização da região, além de equilíbrio muscular (flexibilidade e força) a fim de restabelecer o alinhamento postural e sobretudo da região cervical, estabilizando, fortalecendo e então protegendo toda a coluna vertebral. Os espaços intervertebrais também recebem atenção especial, serão restabelecidos ou mantidos preservando os espaços naturais dos nervos e gânglios, então participando da prevenção de lesões e novas crises.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

GINÁSTICA PASSIVA:HÁ QUEIMA CALÓRICA OU GANHO MUSCULAR?

Os chamados aparelhos de ginástica passiva oferecem resultados incríveis com apenas poucos minutos de uso sem que você tenha que contrair um músculo sequer. Pena que quando o assunto é ganho muscular e corpo saudável a lei do mínimo esforço não impera.

Tem que treinar à moda "antiga". O personal trainer Edson Ramalho explica que para se ter um corpo saudável e trabalhado é preciso muito mais do que vontade, tem que ter disposição: "a verdade é que não tem equipamento que substitua os exercícios físicos e o treino programado e direcionado. Para ter o corpo esbelto que estes aparelhos prometem, só com horas de treino, uma dieta balanceada e muita disciplina", diz ele.

Os aparelhos de ginástica passiva têm origem nos equipamentos de eletro-estimulação usados em astronautas soviéticos na década de 60 para amenizar a perda de massa muscular quando estes passavam muito tempo no espaço. A partir daí foram desenvolvidos os aparelhos de ginástica passiva de uso doméstico.
Como são feitos a base de eletrodos, os aparelhos de ginástica passiva fornecem estímulos elétricos aos músculos causando uma ligeira contração, uma resposta ao estímulo recebido. Em teoria, os estímulos provocariam uma melhora do tônus muscular.
Porém, como agem em partes localizadas do corpo e de forma bem inferior aos exercícios convencionais, estes aparelhos não provocam efeitos significativos e perceptíveis em relação à tonicidade dos músculos: "quando praticamos exercícios físicos, há a intensificação do movimento em determinados grupos musculares, mas todo o corpo se movimenta daí os resultados globais e satisfatórios. Enquanto que com o uso dos aparelhos da ginástica passiva, você consegue despertar os músculos e nada mais", explica Edson.

Não conte com a ginástica passiva se a ideia é o emagrecimento. Além de não trabalhar o corpo de forma correta, os aparelhos milagrosos da TV não promovem a queima de calorias. "Muita gente acha que porque está usando estes aparelhos e queimando calorias pode comer em dobro, o que é um grande engano", explica o personal.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acompanhou 20 voluntários que usaram aparelhos de ginástica passiva durante seis semanas. Após 'treinos' regulares, ficou comprovado que não houve gasto calórico ao utilizar os aparelhos de ginástica.
Para se chegar a esta conclusão, foi medido o consumo de oxigênio dos participantes tanto em repouso quanto durante a realização dos testes.
Como só é possível queimar calorias com aumento no consumo de oxigênio, o que não aconteceu com o uso dos aparelhos de ginástica passiva, a conclusão foi que eles não proporcionam a perda de peso.

Quando praticamos exercícios físicos, não é só a musculatura que entra em ação. Uma série de fatores faz com que nosso corpo gaste energia e consuma mais oxigênio, queimando gordura e melhorando a função cardiorespiratória.
Quando substituímos os exercícios por meios artificiais de estimulação, perdemos estes benefícios que o esporte traz para a saúde e deixamos de lado a qualidade de vida. "Com os aparelhos, você estimula os músculos, mas não sai do lugar, não caminha, não respira e inspira de forma rítmica de acordo com a intensidade do exercício e não oferece ao seu corpo doses de endorfina e adrenalina, que durante e depois dos exercícios relaxam e causam uma sensação gostosa de bem-estar", explica.

Segundo o personal trainer Edson Ramalho não é possível precisar ao certo a equivalência entre os efeitos produzidos pelos aparelhos e os observados durante e depois de um treino convecional, mas estima-se que quinze minutos de aparelho equivaleria a 20 minutos de caminhada lenta no que diz respeito a movimentação da musculatura.
Entretanto, no que diz respeito às calorias gastas e aos benefícios aeróbicos, não tem nem como comparar: "o aparelho não promove nenhum benefício neste sentido. Você começa o exercício e sai dele exatamente como entrou: sem alterações de ganho muscular e de condicionamento físico", explica.

Se por um lado os aparelhos não ajudam em nada a manter o corpo em forma, quando o assunto é a recuperação de pacientes que sofreram lesões, eles são mais do que recomendados:
"como o paciente tem que voltar a estimular os músculos, mas não pode fazer grandes esforços nas articulações, usamos os aparelhos como forma de movimentar a região lesionada sem comprometer a recuperação do paciente", afirma o personal trainer.
Fonte:Fitness Brasil

sábado, 3 de abril de 2010

UMA PÁSCOA ABENÇOADA À TODOS!


Oi pessoal! Sei que estou sumida do bolg ultimamente né... mas é que as coisas andam um pouco tumultuadas devido às mudanças em que o FLEXUS vem passando. Mas, graças a Deus, mudanças em direção ao crescimento. Provavelmente, em torno de 1 mês tudo estará em ordem e postarei as novidades, ok!

Mas, claro, não poderia deixar de dar uma passadinha para desejar FELIZ PÁSCOA! Que vocês sintam DEUS irradiando dentro de vocês nesta data e em todos os dias.
Espero vocês no pilates semana que vem!
Beijinhos da "Profi" Fer e do Time Flexus Pilates

sexta-feira, 19 de março de 2010

EXERCÍCIOS DE FORÇA MELHORAM O ANDAR DE MULHERES IDOSAS


O treinamento de força faz com que o andar de mulheres idosas fique mais parecido com o das jovens. Os resultados de um estudo que foi recentemente publicado na revista britânica Clinical Biomechanics podem, provavelmente, valer também para homens. A pesquisa foi feita por Leslie Persche, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em colaboração com Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e André Rodacki, da UFPR.

A pesquisa originou o projeto que estuda os efeitos de diferentes programas de atividade física relacionando-os à diminuição do risco de queda em idosos e envolveu mulheres com idade média de 61 anos.

Na velhice, o risco de quedas aumenta porque a pessoa passa a ter dificuldades de integrar as informações dos órgãos dos sentidos e perde muito da massa muscular. A perda, mais acentuadas nos músculos que controlam a postura, começa aos 30 anos, mas passa a ter efeitos sérios depois dos 60. Os músculos são formados por fibras tipo 1 e 2. Com o passar dos anos, o corpo perde as fibras tipo 2, que se contraem mais rapidamente, geram mais força e resistem menos à fadiga. Sobram as fibras tipo 1, com características opostas. A gordura ocupa o lugar dos músculos.
As 14 mulheres avaliadas na pesquisa fizeram exercícios de força três vezes por semana, durante quatro meses, com aumento gradual dos pesos. Antes e depois do período de treinos, os pesquisadores filmaram as mulheres andando e usaram um programa de computador para descrever as alterações nos seus movimentos.
O treinamento de força nas mulheres reverteu as mudanças da marcha relacionadas à idade. Elas conseguiram andar mais rápido e dar passos mais largos. As idosas também conseguiram dar passos elevando mais os pés do chão, o que diminuiu os tropeços. As passadas tinham uma frequência média semelhante a de mulheres jovens.

O fortalecimento causou uma melhora no andar, mesmo que os participantes não tenham aprendido técnicas para isso. Segundo Ugrinowitsch, o resultado contraria a ideia de alguns especialistas da área. Eles acreditavam que os idosos começavam a andar em um padrão senil de forma consciente, depois que se sentiam mais fracos.
No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez no ano, segundo dados de 2001, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina. As quedas estão entre as causas de 12% de todas as mortes de idosos. Naqueles que são hospitalizados em decorrência de uma queda, o risco de morte depois da hospitalização varia de 15% a 50%.
Além de melhorar o caminhar de idosos o treino de força traz benefícios gerais para o corpo. Para começar a praticar, é necessário que o idoso faça um exame médico que avalie a situação do coração e vasos sanguíneos. É imprescindível procurar orientação de um profissional de educação física.
Fonte: Fitness Brasil