quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CONDROMALÁCIA PATELAR ESTABILIZADA PELO PILATES


A Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. Trata-se de uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos.


A dor (algumas vezes ardência) é descrita como profunda e localizada na região retropatelar.O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. Pode ser sentida, por exemplo, ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se. Ainda, é possível que ocorra crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, além de edema e derrame intra-articular, ocasionados pelo acúmulo excessivo de líquido sinovial formado no processo inflamatório.

Algumas pessoas têm predisposição a apresentar a lesão devido ao desalinhamento da patela, ao invés da patela percorrer o "trilho" formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para as laterais, aumentando o atrito entre os dois ossos. A posição da patela de forma mais alta que o normal também são fatores predisponentes. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo. Ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.

Acredita-se que a causa seja relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos que podem resultar em um enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida. Assim como as alterações de alinhamento da patela, que excursiona fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular do fêmur, desse modo provocando “desgaste”. Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da patela (rotação interna femural, tróclea rasa, patela alta,...). Um fator muito comum são os relacionados aos microtraumatismos de repetição, traumas crônicos por fricção entre a patela e o sulco patelar do fêmur, bastante comuns em esportes de impacto (futebol, vôlei, ciclismo, tênis, corrida, basquete, ...) por força excessiva na região ou choques.Deve ainda ser citada a chamada causa idiopática, quando não são identificadas alterações anatômicas que justifiquem o desenvolvimento da doença. As alterações do ângulo Q do joelho - tendão do quadríceps femoral, ligamento patelar - conduz a um desvio patelar lateral pelo resultante dos vetores de força da espinha ilíaca ântero-superior e do terço superior da tíbia. Uma diminuição desse ângulo resultará em um desvio medial patelar, além de intensificar a compressão patelo-femoral. O Entorse de tornozelo por inversão também pode estar relacionado. Devido aos movimentos de flexâo-plantar, supinaçâo e adução se dá uma anteriorização do tálus e da tíbia, resultando em uma anteriorização da fíbula e então em uma tensão do bíceps femoral. Assim, ocorre um estiramento reflexo no músculo quadríceps femoral, aumentando o atrito fêmur-patelar.

A condromalácia patela pode ser classificada de acordo com o grau de deterioração, segundo Outerbridge (1961):


GRAU I : amolecimento da cartilagem e edemas
GRAU II : fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou igual à proximadamente 1,5 cm
GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou igual à aproximadamente 1,5 cm
GRAU IV: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do osso subcondral


Não há um protocolo rígido de tratamento. É importante analisar o grau da lesão adquirida e se direcionar às causas, sempre tentando reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento fisioterápico, podendo associar a métodos analgésicos e antiinflamatórios. A perda de peso, em determinados casos, pode ser recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. Em casos graves muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico, em que procedimentos combinados para tratamento do alinhamento patelar e tratamento da lesão da cartilagem podem ser realizados por via “aberta”, artroscópica (vídeo) ou mesmo combinada.
O PILATES age de forma fantástica no alinhamento patelar, bem como na estabilização do quadro da condromalácia. Já que um dos grandes alicerces do método é o fortalecimento e estabilização dos músculos centrais do corpo aliada às técnicas que potencializam a respiração e seus benefícios, atingindo assim, o objetivo do aluno através do equilíbrio muscular. Para tal, é preciso avaliar o nivel de força e flexibilidade dos grupos musculares do indivíduo, para que se dê início à prescrição do programa de exercícios. No caso da condromalácia patelar são inclusos exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em questão. No geral, é importante o alongamento dos ísquiotibiais, o qual seu encurtamento implica em um agravamento no atrito da patela com o fêmur, no momento da marcha. Uma atenção especial ao quadríceps, sobretudo o vasto medial e banda iliotibial, tendões e panturrilha também são extremamente necessárias para equilibrar as forças atuantes sobre a patela.

ESTRESSE:A SOLUÇÃO PODE ESTAR NAS SUAS MÃOS


Os benefícios trazidos pelos trabalhos manuais são tantos que até mesmo os hospitais já adotaram a prática para aliviar a tensão dos pacientes - ainda mais aguçada devido aos períodos longos de internação. No Hospital Universitário de São Paulo foi instalada uma "brinquedoteca de adultos", em que os maiores de 18 anos descarregam o estresse por meio de jogos, pinturas em quadros e até confecção de enfeites.

Segundo Felícia Nomura, enfermeira responsável pelos pacientes que freqüentam a brinquedoteca, as atividades manuais ajudam a acalmá-los. Depois de receber alta hospitalar, conta a enfermeira, alguns voltam para trazer mais artigos para a terapia que, sem o uso de medicamento algum, os deixou tão aliviados.
A mesma receita é aplicada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, onde os pacientes e os próprios profissionais de saúde são convidados à "arte terapia", feita com raio-X antigos ou caixas de medicamentos não utilizadas. Se o efeito positivo é conquistado entre os já adoecidos, a técnica das atividades manuais também pode ser utilizada como mecanismos de prevenção ao estresse rotineiro. Os especialistas em terapia ocupacional, por exemplo, usam os conceitos das atividades manuais para também tranqüilizar as pessoas. A explicação é que este tipo de função estimula a criatividade ao mesmo tempo em que serve de válvula de escape para a tensão acumulada.
A melhora na prática
Sem nunca ter sido internada ou ter recorrido às informações médicas, a bancária Renata Totti Ferreira Pinheiro, 28 anos, descobriu na prática - e aos 19 anos - os benefícios dos trabalhos manuais no combate ao estresse. O gosto já quase esquecido pelo ponto cruz foi relembrado quando ela ficou desempregada. O efeito das tarefas era duplo: fazia companhia enquanto ela não estava procurando emprego e, ao mesmo tempo, aliviava a ansiedade da busca por uma nova colocação.
"Foi tão bom fazer os trabalhos manuais que mesmo depois de ter encontrado emprego continuei fazendo", conta Renata. "Hoje virou quase um vício. Faço diariamente, para me distrair depois da jornada de trabalho. Aprendi uma técnica de artesanato com meia-calça e gosto de presentear as pessoas com o que produzo", afirma a bancária que já tratou de difundir a técnica. "Minha sogra até consegue ganhar um dinheirinho com isso hoje" conta.
O remédio pode virar veneno
O estresse é companheiro de boa parte das mulheres e, segundo dados já divulgados atingem mais da metade da população feminina. A presidente do International Stress Management Association (ISMA- Brasil), Ana Maria Rossi, confirma que os trabalhos manuais podem amenizar as sequelas trazidas pelo mal moderno, desde que não virem outro hábito estressante.
"O estresse é aliviado por meio de hábitos que dão prazer. Se a pessoa não tem aptidão ou não gosta, a prática não vai funcionar", afirma Ana Maria. "Outro fator importante é que o trabalho manual não pode virar uma obrigação e caso não realizado no dia, seja encarado como um problema, uma frustração", completa a especialista.
Fonte:IG

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

BRASIL ELEVA CONTRAINDICAÇÃO DE REMÉDIO PARA EMAGRECER PROIBIDO NA EUROPA


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável por regular os medicamentos no país, ampliou a contraindicação para o uso da sibutramina, uma das substâncias para emagrecer mais usadas no Brasil e que foi proibida na Europa.


O medicamento tem venda controlada no Brasil, com retenção de receita. Além de pesssoas com histórico de distúrbio alimentar, aqueles que apresentaram doenças cardiovasculares serão aconselhados a não fazer uso do remédio.

O alerta brasileiro segue a posição norte-americana sobre a utilização do medicamento. Nos Estados Unidos, o FDA (Food and Drug Administration) também ampliou sua contraindicação, estendendo-a igualmente a pessoas com histórico de problemas cardiovasculares (entre eles, a hipertensão).
O motivo é a elevação do risco de infarto e AVC (derrame), demonstrado em um estudo que acompanhou mais de 10 mil pacientes durante seis anos. Segundo a pesquisa, chamada Scout, as chances de eventos cardiovasculares aumentam 16% com a utilização da sibutramina, presente na composição de remédios como Meridia, Reductil, Sibutrex e outros, incluindo manipulados.
A Anvisa realizará em fevereiro uma reunião com a Cateme (Câmara Técnica de Medicamentos), cujos especialistas definirão uma recomendação ao órgão.
Falsificações
O FDA também alertou, na última semana, sobre a venda de versões falsificadas do medicamento Alli (da GlaxoSmithKline), que tem como princípio ativo o orlistat (o mesmo do Xenical) e comercialização livre nos Estados Unidos.
Testes de laboratório demonstraram que os remédios piratas, bastante vendidos pela internet, contêm sibutramina (que não está na fórmula original) e podem, portanto, elevar o risco cardiovascular. Exames apontaram a presença de até o dobro da quantidade máxima da substância prescrita por dia.
Os efeitos mais imediatos dessa alta dosagem são palpitações, insônia, ansiedade, náusea e aumento súbito da pressão arterial.
Fonte:Folha Online

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DISCOPATIA DEGENERATIVA COM QUALIDADE DE VIDA, PRATICANDO PILATES


Entre as vértebras da coluna vertebral se encontram discos intervertebrais fibrocartilaginosos, os quais absorvem impactos, diminuem o atrito e proporcionam suporte estrutural para a coluna. Essa função amortecedora do disco o submete a constantes pressões, podendo levar a um desgaste: degeneração discal ou discopatia degenerativa. Fatores como o envelhecimento, lesões repetitivas e a carga genética tmbém contribuem a esse desgaste. Como os discos possuem um escasso suprimento sangüíneo, não há capacidade de regeneração.

Os discos nessas condições, sofrem rupturas internas, conduzindo a uma diminuição do espaço discal intervertebral. Assim, é possível que os nervos sejam pinçados e sofram compressão gerando dor na coluna irradiada para os membros. Esta dor pode variar de leve, severa e debilitante. E pode ser aliviada quando assumimos uma posição que diminui a pressão sobre os discos.
É comum a perda da capacidade de amortecimento pela redução na altura e pelo endurecimento das estruturas discais.

O tratamento não cirurgico pode incluir medicação, fisioterapia e metodos para tratamento da dor. Caso esses não melhore o quadro do paciente, o médico pode indicar a cirurgia.
Também em casos de discopatia degenerativa, o PILATES tem sido bastante indicado por médicos e elogiado pelos praticantes. Pois, trata-se de um método que atinge o objetivo do aluno de forma efetiva e segura, se baseando na respiração simultâneo aos músculos centrais do corpo, que promove estabilização e proteção às articulações, como a coluna vertebral; e no equilíbrio muscular. Então, o aluno terá alívio e controle das dores, pois a coluna estará bem estruturada devido ao reforço muscular da região e ao condicionamento postural. O praticante de PILATES normalmente tem uma ótima qualidade de vida, pela disciplina da prática, consciência corporal e finalmente pela estabilização do quadro doloroso.
No FLEXUS PILATES, os alunos tem apresentado excelentes respostas ao método. Além da ênfase nas trações (com precauções de caso para caso), os exercícios de alongamentos e força são prescritos com muita cautela, analisando cada indivíduo, pois além da patologia em questão, há várias outras especificações individuais do aluno que devem ser respeitadas e consideradas para um resultado concreto e prevenção de novas lesões. As informações e educação do aluno para as atividades da vida diária também são focadas.
Métodos como calor local, o ultrasson, tens, etc podem ajudar na analgesia.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SUSTENTABILIDADE: REUTILIZE A ÁGUA DA MÁQUINA DE LAVAR



Todos nós sabemos que a água é o recurso natural mais precioso que existe no planeta Terra. Fonte de toda a vida, ela deve ser tratada com a atenção que merece, sendo nossa responsabilidade a manutenção sustentável desse bem.

Dessa vez, a dica não é de Anderson Zemis, é morador do município de Sumaré, no estado de São Paulo. Preocupado com o meio ambiente, resolveu pôr em prática, há cerda de dois meses, um mecanismo de reaproveitamento da água
da máquina de lavar de roupas.

“Chegamos a economizar cerca de 1000 litros de água por mês, o que comprovamos na média aferida na conta de água dos últimos meses”, informa.

Para viabilizar a ideia, Anderson simplesmente prendeu (com massa de vedação) uma torneira em um tambor plástico de 200 litros. O tambor custou aproximadamente R$ 45,00. Já a torneira, varia de acordo com o modelo usado.
É importante lembrar que a água das máquina de lavar devem ser usadas para atividades não potáveis, tais como limpeza de calçadas, carros, quintais etc.
Fonte:Ecopratico

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PESQUISA:O PUBLICO QUE FREQUENTA OS PARQUES DA CAPITAL


Pesquisa feita pelo professor de educação física Rodrigo Reis, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), mostra que os homens, normalmente de 18 a 30 anos, de classe econômica mais favorecida, são os que costumam frequentar os parques da capital. E o principal motivo é a busca por atividades físicas, principalmente a caminhada. A amostra foi feita entre março e maio de 2009. Foram ouvidos 1.461 moradores: 530 homens e 931 mulheres. “A pesquisa não foi feita no parque, mas nos domicílios dessas pessoas. A ideia era justamente ver se quem mora nas proximidades dos parques usa esse espaço público”, explica o pesquisador.


E a resposta foi positiva: 60,9% das pessoas que residem a até um quilômetro do parque costumam usar esse espaço público. A frequência é alta: uma ou mais vezes na semana. Quando questionados, porém, se usavam parques mais distantes de casa, o porcentual aumentou ainda mais: 83,6% vão a qualquer um da cidade, só que a frequência diminui para um ou menos dias na semana. “A atividade primária desenvolvida nesses locais é a caminhada. Depois vem o passeio com a família. O movimento nos parques triplica nos sábados e domingos”, diz Reis. As mulheres também utilizam esses equipamentos, mas num porcentual um pouco menor (58%).
O Parque Barigui é citado como o mais usado pelos entrevistados (85,2%), seguido do Parque Tanguá (74,8%) e da Praça Oswaldo Cruz (65,2%). “O Barigui é o mais visitado, independentemente da região onde as pessoas moram. Ele virou um ícone para a cidade”, afirma o pesquisador.

Enquanto os homens vão mais aos parques para correr e encontrar os amigos, as mulheres vão para caminhar, se divertir com a família e para passear com o cachorro. Mas são elas que têm as maiores desculpas também para não ir ao local, principalmente quando o tempo está ruim (frio ou chuva) ou quando não há al­­guém para ir junto. Já os homens deixam de ir quando têm muita coisa para fazer. “Quem não vai por falta de tempo normalmente pertence às classes mais baixas, que realmente não dispõe de horários flexíveis para o lazer”, diz Reis.

Os entrevistados afirmaram ainda que é seguro caminhar pelo bairro durante o dia (83,3%), mas ao anoitecer a insegurança aumenta significativamente: 78,3% dizem ter medo. A falta de calçadas nas ruas também pode ser um empecilho para acessar o parque: 37% dos moradores reclamaram das más condições dos calçamentos.

Veja os motivos de quem mais usa esses equipamentos públicos.
  • 60,9% vão ao parque próximo de casa.
  • 83,6% vão em qualquer parque da cidade.
  • A frequência ao parque perto de casa é de uma ou mais vezes por semana.
  • As principais atividades são: caminhada, passeio com a família, corrida, encontro com os amigos, levar o cachorro para passear, futebol e andar de bicicleta.
  • A estrutura dos parques é elogiada por 71,8% dos entrevistados.
  • Grande parte (83,3%) diz que é seguro caminhar durante o dia no bairro, mas 78,3% afirmam que é perigoso andar à noite.

Crianças e idosos vão menos
Crianças e idosos compõem o público que menos frequenta os parques, de acordo com a pesquisa do professor de educação física Rodrigo Reis, da PUC-PR. E a explicação para a ausência dos idosos, segundo o pesquisador, é por causa da dificuldade de acesso aos locais e da sensação de insegurança. “Se eles não têm ninguém disposto a levar e moram longe, dificilmente vão sozinhos. Para os mais velhos, é difícil caminhar mais de 300 metros”, diz.

Fonte:Gazeta do Povo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

OUTRO QUE FAZ PILATES...

Enviado pela aluna Silmara. Mais um gatinho que faz Pilates heheh

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO E A IMPORTANTE INTERVENÇÃO DO PILATES


Também conhecida como síndrome do canal cárpico, síndrome do túnel cárpico e síndrome do túnel carpal, a Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano que passa pelo túnel do carpo.

O túnel do carpo é um canal do punho com aproximadamente 3cm de largura e dá continuidade proximal com a fáscia antebraquial, tecido fibroso onde se fixam alguns músculos. Possui pequenos ossos em seu assoalho - região dorsal - e paredes laterais, além de um ligamento transverso forte e inelástico na parte superior - região ventral. Além do nervo mediano, passam por esse canal nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. Esse nervo mediano vem do antebraço e passa pelo túnel do carpo para então chegar à mão e enervar o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo. Já o quarto e o quinto dedo são enervados pelo nervo ulnar.

Como suas características anatômicas o faz um canal rígido, qualquer aumento de pressão na região interna do mesmo resulta em uma compressão do nervo mediano, gerando a síndrome. As situações que provocam aumento do tecido sinovial dos tendões, sejam elas traumáticas (incluso traumas cumulativos relacionados à esforços repetitivos), inflamatórias, tumorais ou medicamentosas, também elevam a pressão do canal, comprimindo o nervo e o aparecimento de diversos sintomas.

Os sintomas normalmente aparecem à noite devido à retenção de líquido comum nesse período. Incluem alterações na sensibilidade, dormência, formigamento, choques e ardência nos dedos, especialmente no polegar, dedo médio, indicador e na face interna do dedo anular; e dificuldade de agarrar ou cerrar o punho, ou largar objetos. A dor pode ocorrer no início da síndrome devido à compressão abrupta do nervo mediano. Eventualmente, os sintomas se estendem a todo o o membro superior - mão, braço e antebraço. Assim, é possível que as atividades da vida diária (AVD) sejam comprometidas.

A compressão do túnel carpal pode ser resultante de vários fatores, tais como: deslocamento anterior do osso semilunar, intumescência secundária a fratura de Colles (fratura de extremidade distal do rádio), sinovites secundárias a artrite reumatóide ou devidas a qualquer outra causa capaz de provocar edema devido a traumas que acometam o punho, como entorses, e uma grande variedade de doenças sistêmicas, como o mixedema e a doença de Paget.
Outro fator que pode causar a síndrome são os movimentos manuais frequentes que podem causar lesões por esforços repetitivos (LER), geralmente relacionado ao trabalho ou AVD´s, fundamentalmente, os movimentos de flexo-extensão do punho que acabam por gerar trito dos tendões. Embora não exista uma causa comprovada, as alterações hormonais - como por exemplo alterações na tireóide, período da menopausa e gravidez - também podem interferir na pressão interna do túnel formado pelos ossos e o ligamento da mão. Acredita-se que no tecido sinovial existam receptores para o estrógeno. Nível normal desse hormônio impede que o esse tecido prolifere. No entanto, à medida que a produção do hormônio vai caindo, os receptores ficam livres, o tecido sinovial começa a crescer e, conseqüentemente, a aumentar a pressão dentro do túnel do carpo. Nas gestantes, o edema característico também pode contribuir com os sintomas, porém, após o parto há grande probabilidade de desaparecerem os sintomas.

Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças da tireóide e causas desconhecidas. É importante dizer que não é só a alteração do hormônio sexual feminino que produz a compressão no nervo mediano. Alterações dos hormônios da tireóide e de doenças como diabetes também produzem uma neuropatia compressiva.

No caso dos diabéticos, são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome por causa da alteração do tecido sinovial e também pelo fato de o nervo mediano apresentar características secundárias devido à glicemia elevada.

Para o tratamento, é importante identificar o grau em que se encontra a síndrome: leve, moderado e grave. Se for leve, indica-se a imobilização por aproximadamente 1 mês, através de tala ou órtese, deixando o punho em posição de extensão para minimizar a pressão nos nervos; além de associar um antiinflamatório via oral. Caso seja ineficaz, o médico pode indicar a aplicação de cortisona no canal a fim de amenizar a reação de proliferação do tecido sinovial que comprime o nervo. Porém, não está isenta de complicações e por isso é preciso de muito critério. Se o tratamento clínico não resolver, é possível o médico indicar a cirurgia, a qual anulará os sintomas. A recidiva só ocorre quando a proliferação sinovial é originada de outra doença anterior que continua sem tratamento adequado.

O tratamento fisioterápico em muitos casos também se torna essencial. A princípio, a diminuição do edema gerado pela inflamação que aumenta a pressão do canal é o alvo principal. Para tal, costuma-se utilizar o ultra-som associados a manipulações da região acometida. Após esse estágio, o PILATES se apresenta de forma importantíssima e eficiente para a orientação e informação às AVD´s e laborais, prevenção de recidiva, manutenção do quadro, além de promover a saúde e bem estar físico e mental.

O FLEXUS PILATES se dedica em orientar, informar e educar os alunos quanto à realização das AVD´s de forma correta e saudável, além dos exercícios em aula de forma segura e eficiente, privilegiando a biomecânica funcional do corpo e do movimento. Neste caso específico da síndrome, os exercícios de alongamento dos flexores dos dedos e do punho além da mobilização das articulações, por exemplo, são focados nas aulas para melhorar a função e aumentar a formação de líquido sinovial auxiliando para uma melhor lubrificação dos tendões, bainhas e fáscias adjacentes (evitando a inflamação). Em todas as aulas, exercícios diferentes e simples também são ensinados e recomendados para a prática em casa.

E através de um acompanhamento minuncioso a cada aula dedicado a cada aluno, temos a possibilidade de colher resultados mais concretos não somente no objetivo principal - estabilização dos sintomas da síndrome - mas também de outros objetivos inerentes, como por exemplo: combater o estresse e sedentarismo, estética, saúde e bem-estar, performance, condicionamento físico, amenizar outras dores existentes, estabilizar outros problemas, etc.

A maioria dos alunos se recuperam totalmente e podem evitar novos danos ao mudar a forma com que realizam os movimentos repetitivos. Muitas das atuais pesquisas sobre Síndrome do Túnel do Carpo buscam a prevenção e a reabilitação.
Mas, antes de qualquer coisa, procurem um médico especialista.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ESTUDO: NEM TODA ATIVIDADE FÍSICA TRAZ QUALIDADE DE VIDA


A prática de atividades físicas não se traduz, necessariamente, em mais qualidade de vida. É preciso avaliar o tipo de atividade e as circunstâncias em que ela é praticada. Essa relação foi o tema de um estudo de doutorado defendido pela professora Ana Lúcia Padrão dos Santos, em agosto último, na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, sob orientação do professor Antônio Carlos Simões. A relação entre atividade física e qualidade de vida a princípio pode parecer óbvia, mas a pesquisa mostrou o contrário.


Ana Lúcia explica que é fácil cometer equívocos quando se estuda esses dois temas sem o rigor acadêmico em relação aos conceitos. “Estudamos qualidade de vida segundo um conceito científico, pois ela pode ser avaliada sob inúmeros aspectos e ser relacionada a diferentes motivadores. Já na atividade física, usamos uma abordagem mais ampla, considerando-a como todo movimento feito por uma pessoa no período de 24 horas” esclarece.

Ana Lúcia entrevistou 228 universitários, sendo 59 homens e 169 mulheres, com idade média de 28,7 anos, todos voluntários de uma instituição de ensino superior privada. A avaliação foi comparar os entrevistados com altos índices de qualidade de vida com aqueles que tinham um alto índice de gasto energético ao longo do dia.

A pesquisa avaliou os entrevistados numa escala científica que mostra o quanto uma pessoa é ativa fisicamente. “Pedimos ao entrevistado para preencher um questionário respondendo quantas horas por dia ele realiza diversas atividades, como dormir, assistir televisão, varrer o chão, caminhar, cuidar do jardim, subir escadas, fazer exercícios na academia, correr, jogar futebol, entre outros” explica a pesquisadora.

A qualidade de vida, segundo o método utilizado na pesquisa, pode ser avaliada sob quatro domínios principais: saúde e funcionamento; sócio-econômico; psicológico e espiritual; e familiar. Em diversas sociedades esses componentes pesam de formas diferentes. “De um modo geral, a qualidade de vida é avaliada segundo o que é importante para a pessoa pesquisada”, esclarece Ana Lúcia.

O resultado foi que os dois índices não coincidiram. As análises mostraram que não houve relações estatisticamente significativas entre os diferentes níveis de atividade física e os índices de qualidade de vida no grupo pesquisado. O gasto energético, pura e simplesmente, não se traduz necessariamente nos domínios de qualidade de vida estudados.
“Por exemplo, durante a revisão da literatura existente, pesquisamos um estudo que mostrava pessoas que trabalham muito em trabalhos intelectuais [pouca atividade física]. Elas têm maior salário e maior qualidade de vida” conta a professora, “mas isso não significa o contrário, ou seja, que pessoas que praticam atividades físicas tenham menor qualidade de vida”.
Equívocos conceituais

O tema qualidade de vida é um assunto muito falado na sociedade, mas pouco estudado cientificamente. “Existem muitas confusões. A qualidade de vida é um termo multidisciplinar, podendo ser associada ao salário, ao prazer da profissão ou à prática de atividades físicas” explica Ana Lúcia. “Ela não pode ser analisada isoladamente, ou seja, existem vários fatores que pesam para compor a qualidade de vida.”

Para a professora, o questionário é importante porque os próprios entrevistados não têm noção se fazem ou não atividades. “Por exemplo, um deles respondeu que não fazia atividades físicas pois ficava muito cansado com seu trabalho como carteiro, ou seja, ele praticava muita atividade física, mas não sabia disso”.

A pesquisa distinguiu o que é exercício físico e atividade física. Fazer um exercício físico voluntariamente, como praticar um esporte ou fazer academia, cientificamente, é diferente de simplesmente gastar energia caminhando para ir ao trabalho ou subindo escadas.
“É preciso considerar o tipo de exercício físico que a pessoa está praticando, por isso consideramos a atividade física num conceito mais amplo”, explica Ana Lúcia. Segundo a professora, é preciso esclarecer os conceitos do estudo com um certo rigor científico, para que não haja interpretações equivocadas sobre a pesquisa.

Fonte:Assessoria de Imprensa da USP